Tragédia no Tietê deixa 5 mortos e 1 único sobrevivente; ‘difícil acreditar’

Cinco pessoas acabaram morrendo após tragédia em Dois Córregos, no interior de São Paulo, as vítimas eram da mesma família. Um homem sobreviveu à fatalidade e relatou como tudo aconteceu na fatídica noite de sábado (24), véspera de Natal. “Está difícil acreditar no que aconteceu. Você ver pessoas pedindo socorro, e não conseguir”, afirmou.
Os familiares possuem um rancho entre o referido município e Mineiros do Tietê. A expectativa deles era a de passarem todas as festas de final de ano se divertindo no local com a família. A área é muito procurada por turistas da região.
Manoel de Oliveira é esposo de Denise Aparecida Dias da Silva, de 51 anos, matriarca da família que faleceu afogada no rio. Ela era mãe de Kervellin Wallace da Silva, de 29 anos, e avó das duas crianças, Emily Camile Dias da Silva, de 3 anos, e Nicolly Luize Dias da Silva, de 9 anos. Cynthia Silva dos Santos, de 25 anos, era mãe das meninas.
Inicialmente, ele conta que foi tudo muito rápido e que todos foram sendo encobertos pela água, os adultos estavam com as crianças no colo, mas com a água na altura da cintura. “Era tipo uma praia, ventando um pouco. Não tinha um metro, um metro e vinte um do outro. Assim que afundamos, minha esposa tentou me dar a mão e empurrar a menina”, disse complementando que tentou tirá-los da água, mas que não conseguiu.
Ainda seguindo o relato do sobrevivente, o poço em que eles caíram dentro do rio é uma parte mais profunda e que não tinha nenhum alerta sobre o risco. Ele também conta que, após o acidente, os moradores teriam afirmado que tinha uma placa dentro do rio.
“Disseram que tem um aviso, mas tá encoberto pela água. Talvez devido a época de chuvas. Mas se tivesse um aviso, teria de estar do lado de fora. Foi questão de segundos. Uma hora estava todo mundo junto, na outra não tinha chão para ninguém”, reclama.
Ele fala que apesar de se tratar de uma época do ano em que o local é muito movimentado por conta das festas, mas não tinha nenhum barco. O sobrevivente afirmou que não existia nenhuma moto aquática por perto, que pudesse ajudá-los no resgate das vítimas.