Há artistas que deixam um legado não apenas nos palcos, mas também na sociedade. Bete Mendes é um desses nomes, uma renomada atriz brasileira que não apenas encantou o público com suas atuações memoráveis, mas também se destacou como uma defensora incansável dos direitos humanos e da democracia.
Bete Mendes iniciou sua carreira nas telinhas no final dos anos 1960 e desde então emendou uma série de produções de sucesso, incluindo “O Rei do Gado”, onde interpretou a inesquecível Donana. No entanto, sua vida não se limitou à atuação artística.
Aos 73 anos, a atriz, natural de Santos, litoral de São Paulo, afastou-se das telas após sua participação em “Tempo de Amar”, em 2017, para se dedicar a outras paixões: a política e as causas sociais. Sua jornada política começou após uma experiência traumática durante a Ditadura Militar no Brasil, quando foi presa e submetida a torturas. Em vez de se acuar, Bete Mendes usou essas experiências como combustível para lutar por um Brasil mais justo.
Ela foi eleita deputada federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e, posteriormente, pelo PMDB, desempenhando um papel fundamental no cenário político brasileiro. Além disso, ocupou cargos relevantes, como a Secretaria de Cultura e a presidência em uma secretaria de artes.
Mesmo após deixar a carreira política, Bete Mendes permaneceu firme em seus ideais, apoiando causas que acreditava serem essenciais para a sociedade. Recentemente, ela manifestou seu apoio à candidatura à Presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, demonstrando que seu compromisso com uma nação mais justa continua inabalável.
A trajetória de Bete Mendes é uma inspiração, um exemplo de como a arte e o ativismo podem andar de mãos dadas. Sua coragem, determinação e dedicação à causa pública a tornam não apenas uma atriz consagrada, mas também uma voz relevante em nossa sociedade.