Nesta quinta-feira, 3 de outubro, o Brasil perdeu uma das vozes mais icônicas da televisão, Cid Moreira, aos 97 anos. O jornalista, que marcou gerações com sua passagem pelo Jornal Nacional, faleceu em decorrência de complicações de saúde, após uma batalha contra uma pneumonia e insuficiência renal crônica. Sua morte foi confirmada pelo Hospital Santa Tereza, localizado na região serrana do Rio de Janeiro, onde ele estava internado.
A esposa de Cid, Fátima Sampaio, falou pela primeira vez sobre os momentos finais do marido, em uma entrevista emocionante no programa Encontro. Fátima explicou que escolheu manter a internação de Cid em sigilo, acreditando que ele poderia se recuperar e voltar para casa. “Não contei para ninguém para manter a privacidade dele, esperando que ele fosse voltar para casa”, disse, mostrando a esperança que carregou até os últimos instantes.
Apesar da idade avançada e das dificuldades de saúde que enfrentou, Cid manteve sua lucidez até o fim, conforme relatou Fátima. A viúva destacou que, mesmo durante os momentos mais difíceis, Cid ainda conversava e estava consciente de sua situação. “Fiz meu melhor como ser humano”, desabafou Fátima, refletindo sobre os 25 anos de união que os dois compartilharam. Ela ainda acrescentou que essa história construída ao longo de mais de duas décadas não era “brincadeira” e ressaltou o profundo laço que os unia.
O jornalista, conhecido por seu profissionalismo impecável e voz inconfundível, foi uma presença constante na televisão brasileira. Cid Moreira apresentou o Jornal Nacional por cerca de 8 mil edições, tornando-se uma referência no jornalismo nacional. Sua morte encerra um capítulo significativo na história da comunicação no país, deixando saudades tanto entre os colegas de profissão quanto no público que o acompanhava há décadas.
A causa da morte de Cid, insuficiência renal crônica, somada à pneumonia, trouxe desafios para sua saúde nos últimos meses. No entanto, por decisão da esposa, a condição de Cid não foi amplamente divulgada. Fátima explicou que preferiu manter a privacidade do marido, acreditando que essa era a melhor maneira de lidar com a situação delicada.
O falecimento de Cid foi sentido profundamente entre amigos, familiares e colegas de profissão, e o velório ainda não teve detalhes divulgados. O Brasil se despede de uma figura que marcou gerações com sua presença sólida e constante na televisão, principalmente à frente do Jornal Nacional, o principal noticiário do país.
Durante a entrevista, Fátima revelou que os últimos dias foram de grande fragilidade, mas também de amor e cuidado. Ela esteve ao lado de Cid a todo momento, tentando proporcionar o máximo de conforto possível ao jornalista. “Ele foi um homem incrível, tanto no profissional quanto no pessoal”, comentou, visivelmente emocionada.
Além de seu legado no jornalismo, Cid Moreira deixa uma história de vida marcada por sua longevidade e capacidade de se reinventar. Ele não se limitou ao papel de apresentador de telejornais, tendo narrado a Bíblia e outros projetos que se tornaram ícones culturais no Brasil. Essa versatilidade e o respeito conquistado ao longo dos anos consolidam seu nome na história da mídia brasileira.
A notícia de sua morte rapidamente gerou uma onda de comoção nas redes sociais, onde diversas personalidades prestaram suas homenagens ao jornalista. Muitos relembraram os momentos em que suas vozes foram acompanhadas pela narração firme e marcante de Cid, que se tornou sinônimo de credibilidade e seriedade no jornalismo.
Fátima Sampaio, que sempre manteve um relacionamento discreto com o jornalista, agora se despede publicamente daquele que foi seu companheiro por mais de duas décadas. Ela ressaltou que, embora tenha sido difícil, fez o possível para garantir que Cid tivesse uma despedida digna e cercada de amor.
Para muitos, Cid Moreira era mais do que um jornalista; ele era uma presença familiar nas noites de notícia e um ícone que transcendeu a televisão. Sua contribuição ao jornalismo brasileiro é imensurável, e seu legado viverá através dos inúmeros trabalhos que deixou.
No final da entrevista, Fátima reforçou o sentimento de gratidão por ter compartilhado sua vida com alguém tão admirável, tanto no âmbito pessoal quanto no profissional. “Foram 25 anos de companheirismo e aprendizado”, concluiu, emocionada. Cid Moreira deixa uma marca indelével na história da televisão brasileira, e sua memória será lembrada por muitos anos.
Com sua partida, o Brasil perde não só um grande jornalista, mas também uma figura que simbolizou a seriedade e a confiança que tantos telespectadores buscavam no noticiário. Sua voz poderá não ecoar mais nas noites do Jornal Nacional, mas seu impacto permanecerá vivo na história da comunicação.