O caso que chocou moradores da capital paulista ganhou novos desdobramentos nesta semana. Douglas Alves da Silva, de 26 anos, tornou-se réu após o Ministério Público de São Paulo apresentar denúncia por feminicídio e homicídio contra ele. O homem é acusado de atropelar e arrastar sua ex-companheira, Tainara Souza Santos, de 31 anos, por cerca de um quilômetro na Marginal Tietê, no dia 8 de novembro. A vítima, que inicialmente sobreviveu ao impacto, morreu no Hospital das Clínicas na quarta-feira (24).
Segundo as investigações, o acusado teria agido de forma intencional após uma discussão. A denúncia, encaminhada à 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, aponta que o crime foi cometido com “motivação torpe” e de forma a impossibilitar a defesa da vítima. Douglas Alves está preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória II de Guarulhos desde o dia do crime.
A vítima foi socorrida em estado grave e levada ao Hospital Municipal Vereador José Storopolli, onde passou por múltiplas cirurgias e amputações nas pernas. Apesar dos esforços médicos, não resistiu às complicações dias depois. Tainara era mãe de dois filhos e vinha sendo acompanhada por uma rede de apoio desde o ocorrido.
O juiz responsável pelo caso manteve a prisão preventiva do réu, alegando risco à segurança das testemunhas e à ordem pública. Para o Ministério Público, o comportamento de Douglas demonstrou ausência de arrependimento e alto potencial de reincidência.
O caso gerou ampla repercussão e reacendeu o debate sobre a violência de gênero no Brasil. Especialistas destacam que o número de feminicídios segue em crescimento, reforçando a necessidade de políticas públicas mais eficazes para a proteção de mulheres em situação de vulnerabilidade.
Com o avanço do processo, a defesa de Douglas deverá apresentar resposta à acusação nos próximos dias. O julgamento será conduzido pelo Tribunal do Júri de São Paulo.
