A vida de Thales Bretas mudou de maneira profunda e inesperada após a perda de seu parceiro, o renomado humorista Paulo Gustavo. Além de lidar com a dor da perda, Thales se encontrou encarando a árdua tarefa de criar seus dois filhos, Romeu e Gael, sozinho.
A jornada de Thales destaca os desafios que muitos pais solteiros enfrentam e também traz à tona a questão das crianças perguntando pela ‘mãe’.
Em uma entrevista recente à revista Híbrida, Thales Bretas abriu o coração sobre sua experiência desde a perda de Paulo Gustavo e a responsabilidade de criar os filhos.
“Por muito tempo, evitei falar (sobre ele). Não gostava. Mas, hoje, entendo também que isso ajuda a lidar com a perda. O Paulo foi o grande amor da minha vida, meu parceiro. Eu sinto que vivi um luto muito pesado, porque era minha perda e de muita gente junto”, compartilhou Thales.
A paternidade de Thales teve início quando Paulo Gustavo ainda estava vivo, mas a vida tomou um rumo completamente diferente após a perda de seu parceiro.
“Esse projeto de ter filho nunca foi algo que eu imaginei solo, sempre quis ter família. No momento que perdi, tive dificuldade porque, ao mesmo tempo que precisei me encontrar, processava a dor, tive o reflexo de ser pros meus filhos quase que as duas figuras”, disse ele em uma participação no programa Papo de Segunda, do GNT.
Um dos aspectos mais delicados dessa jornada é a questão das crianças perguntando sobre a ‘mãe’. Romeu e Gael foram gerados por barriga de aluguel nos Estados Unidos, um país onde esse procedimento é permitido por lei.
Thales explicou que seus filhos já fizeram perguntas sobre a “mamãe” deles, e ele se esforça para explicar a situação da melhor maneira possível. “Eles são bombardeados com essas datas simbólicas, como o Dia das Mães, mas tento explicar da melhor maneira.
Não gosto de mentir, de inventar. A figura materna é importante, mas a paterna também é e acredito que tenho cumprido bem esse papel”, afirmou Thales.
Além das questões emocionais, Thales Bretas também destacou a importância do apoio de sua rede de suporte, incluindo as avós dos meninos, Déa Lúcia (mãe de Paulo Gustavo) e Penha (madrasta de Paulo), que ajudam na criação das crianças, participando ativamente de suas vidas.
A história de Thales Bretas nos lembra que criar filhos sozinho é uma tarefa desafiadora, que envolve não apenas lidar com a perda de um ente querido, mas também enfrentar perguntas difíceis e complexas sobre a identidade familiar.
Sua determinação e amor pelos filhos são um exemplo de resiliência e força diante das adversidades, inspirando muitos pais e mães que enfrentam situações similares em suas vidas.
Thales Bretas continua a enfrentar sua jornada como pai solo com amor e dedicação, mantendo viva a memória de Paulo Gustavo na criação de Romeu e Gael, e demonstrando que o amor de um pai pode preencher os espaços deixados pela ausência da figura materna.