A tragédia de um bebê de um ano e meio em Mococa, SP, destaca a fragilidade e a necessidade de atenção redobrada no atendimento médico infantil. Theo Souza foi levado por sua mãe, Camila, à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em duas ocasiões no mesmo fim de semana devido a uma estomatite.
Apesar dos sintomas persistentes e da piora no estado de Theo, suas preocupações foram minimizadas pelo médico, que recomendou apenas uma blusa extra para o menino, ignorando os pedidos de soro e antibiótico.
A situação se agravou rapidamente. Apenas 40 minutos após ser liberado da UPA, Theo faleceu enquanto sua mãe aguardava uma carona. Desesperada, Camila retornou à UPA, mas os esforços para reanimar o bebê foram inúteis. A Prefeitura de Mococa declarou que o atendimento seguiu os protocolos, mas o caso agora está sob investigação policial.
Camila desabafou, questionando a qualidade do atendimento recebido: “Como que o meu filho tem diagnóstico de estomatite na sexta, no domingo passa por atendimento, e um médico que não tem a mínima vontade de atender uma criança, uma vida, não dá a atenção necessária? E meu filho morre após 40 minutos de atendimento”.
O laudo determinando a causa exata da morte de Theo deve ser concluído em 30 dias. Enquanto isso, a comunidade de Mococa e o país refletem sobre a necessidade de melhorias nos serviços de saúde, especialmente no cuidado infantil, para que tragédias como essa não se repitam.
A busca por justiça de Camila representa um apelo urgente por mudanças no sistema de saúde, ressaltando que cada decisão médica pode ser crucial para a vida de uma criança.