A ginasta Rebeca Andrade, que brilhou nas Olimpíadas de Paris 2024, conquistando ouro, prata e bronze, agora enfrenta uma questão menos gloriosa: os impostos sobre os prêmios em dinheiro que recebeu. Embora as medalhas em si sejam isentas de imposto, graças a uma lei de 2007, os valores em dinheiro não têm a mesma sorte.
Rebeca, a maior medalhista desta edição dos Jogos, recebeu um total de R$ 866 mil do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Contudo, de acordo com a Receita Federal, esse montante será tributado conforme a tabela progressiva do Imposto sobre a Renda de Pessoas Físicas (IRPF), com uma alíquota de 27,5%. Isso significa que cerca de R$ 267,2 mil serão deduzidos, resultando em um valor líquido de aproximadamente R$ 598,8 mil.
Essa retenção é realizada na fonte pelo COB e precisa ser declarada na Declaração de Ajuste Anual de 2025, permitindo que Rebeca faça as deduções legais aplicáveis. Recentemente, surgiu um projeto de lei que visa isentar os prêmios em dinheiro dos atletas brasileiros medalhistas, com o objetivo de estimular o esporte e equiparar a carga tributária às das apostas esportivas, que são tributadas a 15%.
O projeto de lei ainda aguarda despacho do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Se aprovado, essa isenção se aplicará aos valores pagos pelo COB, governo federal ou qualquer órgão relacionado, beneficiando atletas como Rebeca Andrade.
Enquanto isso, Rebeca e outros atletas olímpicos continuam sujeitos às regras atuais, enfrentando uma significativa dedução de seus prêmios em dinheiro. Mesmo diante dessas obrigações fiscais, a trajetória e as conquistas de Rebeca permanecem como um exemplo inspirador de dedicação e sucesso no esporte.