Caso Larissa: Marido ligou para amante antes de acionar o Samu

Um caso chocante vem ganhando destaque na mídia brasileira, envolvendo o médico Luiz Antônio Garnica, que está sob investigação por supostamente ter arquitetado o assassinato de sua esposa, Larissa Rodrigues. Com 37 anos, Larissa foi uma professora de pilates que viu sua vida abruptamente interrompida em março deste ano, em circunstâncias que agora levantam mais perguntas do que respostas.

As autoridades afirmam que o crime foi perpetrado com a ajuda da mãe do médico, Elizabete Arrabaça, que é acusada de ter administrado um veneno conhecido como “chumbinho” à nora. Segundo relatos, Garnica teria notificado sua amante sobre a morte de Larissa apenas quinze minutos antes de sua morte ser oficialmente confirmada por paramédicos do Samu. Este ato repentino e calculado levanta dúvidas sobre a verdadeira natureza de seu comportamento durante o resgate, onde ele teria simulado desespero e tentado reanimar a esposa.

Desde a prisão de Luiz e Elizabete em 6 de maio, as investigações se aprofundaram. A mãe do médico é acusada de ter ministrado o veneno à sua nora enquanto Luiz estava no cinema, longe da cena do crime. O Ministério Público alega que a motivação por trás do assassinato estaria relacionada a dificuldades financeiras que tanto mãe quanto filho enfrentavam. A defesa de ambos, por sua vez, insiste em sua inocência, afirmando que não tiveram qualquer envolvimento na morte de Larissa.

Com base nas evidências reunidas até o momento, Luiz e Elizabete foram indiciados por homicídio doloso qualificado por feminicídio, considerando a brutalidade do crime com o uso do veneno. O delegado responsável pela investigação, Fernando Bravo, afirmou que a morte de Larissa foi um ato premeditado. Um laudo toxicológico confirmou que ela foi envenenada, enquanto um exame necroscópico descartou agressões físicas, mas revelou lesões pulmonares e cardíacas.

O caso se torna ainda mais intrigante quando se considera a morte da irmã de Luiz, Nathalia, que também foi vítima do mesmo veneno em fevereiro. Inicialmente, sua morte foi atribuída a um infarto, mas a exumação do corpo e novas análises revelaram a presença do chumbinho. Essa conexão entre as duas mortes levanta suspeitas e faz com que as autoridades reconsiderem as circunstâncias que cercam a família Garnica.

Larissa, antes de sua trágica morte, havia descoberto a traição de seu marido e estava considerando o divórcio. Acredita-se que essa situação tenha sido o estopim para o planejamento do crime, impulsionado por interesses financeiros e pessoais. Enquanto Luiz e Elizabete permanecem detidos, o desenrolar das investigações continua a ser acompanhado de perto pela sociedade, que busca respostas para esse enredo de traição, violência e tragédia familiar.