Quando se trata de carreiras longevas na televisão brasileira, poucos nomes são tão icônicos quanto Eliana. Desde os 17 anos, ela tem sido uma presença constante nas telas, começando sua trajetória em um momento onde juventude e imagem eram pautas delicadas. Em uma entrevista reveladora à revista CARAS, Eliana, agora com 51 anos, reflete sobre os desafios e as surpresas de crescer sob os holofotes.
Eliana relembrou sua primeira capa da revista CARAS em 1997, onde, pela primeira vez, pôde apresentar-se não apenas como apresentadora, mas como mulher, discutindo abertamente temas considerados tabus na época, como virgindade e a transição para a vida adulta. “Acho que todas as fases têm suas alegrias e desafios.
Naquela capa, pude mostrar um outro lado. Foi surpreendente para algumas pessoas que uma apresentadora infantil discutisse abertamente sobre ser uma mulher feita”, confidencia.
Naquela época, ela tomava extremo cuidado para manter sua imagem adequada ao público infantil, evitando até mesmo o uso de esmalte vermelho. “Tinha total preocupação em não deixar esse lado evidente”, diz ela sobre a necessidade de equilibrar sua imagem pública com sua identidade pessoal.
Eliana também aproveitou para abordar a importância da transparência e do diálogo aberto sobre tópicos sensíveis, algo que pratica até hoje. Ela enfatiza que, embora algumas culturas e religiões ainda valorizem a virgindade como algo precioso, a escolha deve sempre pertencer à mulher. “Se uma mulher quiser se guardar para alguém, é um direito dela”, afirma.
Trinta anos após sua primeira entrevista, Eliana continua a influenciar e inspirar, mantendo uma conversa aberta com seu público sobre todos os aspectos da vida, garantindo que seu legado na televisão seja tão humano quanto profissional.