Filhos de Cid Moreira declaram guerra judicial contra a viúva e não comparecem ao velório do pai

Após a morte de Cid Moreira, um dos maiores ícones do jornalismo brasileiro, uma nova disputa veio à tona, envolvendo sua herança e os conflitos entre seus filhos, Roger e Rodrigo Moreira, e sua viúva, Fátima Sampaio. O falecimento de Cid, aos 97 anos, deu início a uma batalha judicial que estava latente nos últimos anos devido ao distanciamento entre o jornalista e seus filhos.

Roger e Rodrigo não compareceram ao velório do pai, realizado no Rio de Janeiro. Esse fato chamou a atenção do público, já que a ausência dos filhos refletiu o rompimento familiar e a complexa relação que ambos mantinham com o pai nos últimos anos de sua vida. Segundo relatos, a principal razão desse afastamento estava nas graves acusações que os filhos fizeram contra Fátima, alegando que ela estaria se apropriando do patrimônio de Cid de forma abusiva.

A relação entre os irmãos e a viúva de Cid já era marcada por conflitos judiciais anteriores. Poucas horas após a morte do apresentador, os filhos entraram com um pedido formal na Justiça para a abertura do inventário do pai. Além disso, Roger e Rodrigo solicitaram que a administração dos bens de Cid fosse entregue a Roger, demonstrando claramente que estão determinados a contestar a divisão patrimonial.

Um detalhe curioso é que, ao entrar com o pedido na Justiça, os filhos alegaram não ter condições financeiras de arcar com os custos do processo e solicitaram a gratuidade da ação. Essa movimentação foi vista por muitos como uma tentativa rápida de impedir que a viúva, Fátima Sampaio, tivesse controle total dos bens de Cid Moreira, dado que ela tinha um papel central nos últimos anos de vida do apresentador.

De acordo com a legislação brasileira, Fátima tem direito à metade dos bens devido ao regime de comunhão parcial de bens adotado durante o casamento. A outra metade seria dividida entre Roger e Rodrigo, com cada um recebendo 25%. No entanto, essa distribuição pode ser alterada caso exista um testamento deixado por Cid, o que ainda não foi confirmado.

Caso não exista um testamento, a partilha ocorrerá conforme a lei de sucessão brasileira, que privilegia tanto o cônjuge sobrevivente quanto os descendentes. No entanto, a tensão entre os filhos e a viúva pode levar o processo a uma longa disputa judicial, com ambas as partes buscando proteger seus interesses na herança do ex-apresentador do Jornal Nacional.

O relacionamento distante entre Cid Moreira e seus filhos não era novidade. Ao longo dos últimos anos, Roger e Rodrigo mantiveram uma postura pública de crítica à madrasta, Fátima, acusando-a de manipular o pai e se beneficiar de seu patrimônio. Fátima, por outro lado, sempre afirmou ter sido uma companheira fiel até o final da vida de Cid, cuidando dele durante seus últimos anos e em meio às suas fragilidades de saúde.

O pedido dos filhos para assumir o controle dos bens de Cid Moreira apenas oito horas após sua morte levantou questionamentos sobre as verdadeiras intenções por trás da disputa. Enquanto alguns enxergam a ação como uma tentativa de proteger os direitos legais dos filhos, outros acreditam que há um ressentimento acumulado pela forma como Cid se distanciou de seus filhos em vida.

Roger e Rodrigo agora terão de apresentar à Justiça qualquer testamento ou documento que possa alterar a divisão padrão da herança. Se Fátima conseguir provar que Cid a nomeou como única beneficiária de seus bens, os filhos terão que contestar esse testamento em um processo ainda mais prolongado.

Nos bastidores da disputa, a ausência dos filhos no velório de Cid Moreira foi interpretada como um gesto simbólico da ruptura familiar. Muitas pessoas questionaram o porquê da decisão dos filhos de não prestarem as últimas homenagens ao pai, um homem que, apesar de seus erros e conflitos, foi uma figura importante na vida deles.

Com a herança milionária de Cid Moreira em jogo, o cenário parece prometer uma longa batalha judicial, recheada de disputas emocionais e acusações de ambas as partes. Enquanto isso, o público assiste à essa nova fase da história de um dos mais respeitados jornalistas do Brasil, agora envolto em uma guerra familiar que expõe os dramas pessoais de sua vida fora das câmeras.

O desfecho dessa disputa ainda é incerto, e a sociedade aguarda para saber se Fátima Sampaio conseguirá manter o controle sobre o patrimônio de Cid ou se Roger e Rodrigo obterão sucesso em sua tentativa de administrar os bens deixados pelo pai. A única certeza é que a divisão dessa herança promete ser tão complexa quanto o relacionamento familiar que a envolve.

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