Após duas décadas de angústia e incerteza, Jovita Belfort, mãe de Priscila Belfort, voltou a público com um apelo comovente, implorando por respostas sobre o desaparecimento de sua filha. Priscila, irmã do lutador Vitor Belfort, desapareceu no Rio de Janeiro em janeiro de 2004 e, desde então, a família vive o drama de não saber o que realmente aconteceu.
Em suas declarações recentes, Jovita expressou sua frustração com a falta de informações e a morosidade do caso. “Eu espero que vocês jornalistas realmente instiguem, perguntem, porque eu não quero esperar mais 20 anos. Eu nem estarei viva até lá”, desabafou a mãe, visivelmente emocionada. Ela mencionou que, apesar de o caso ter sido reaberto há um ano, poucas novidades surgiram, o que aumenta ainda mais sua angústia.
O desaparecimento de Priscila voltou a ganhar destaque após o lançamento da série documental “Volta, Priscila” na plataforma Disney+, que aborda o caso e outras histórias semelhantes de crimes não resolvidos no Brasil. A série reacendeu o interesse público no mistério que envolve o sumiço da jovem e reforçou a importância de manter as investigações ativas.
Priscila Belfort foi vista pela última vez em janeiro de 2004, caminhando em uma avenida próxima ao local onde trabalhava, no Rio de Janeiro. De acordo com as investigações da época, ela chegou ao trabalho por volta das 11h, fez algumas ligações telefônicas e desapareceu por volta das 13h, sem deixar qualquer pista clara.
Ao longo dos anos, diversas teorias surgiram sobre o destino de Priscila, incluindo suspeitas de sequestro e até envolvimento com traficantes. No entanto, nenhuma dessas teorias foi confirmada pelas autoridades, e o caso continua envolto em mistério. A família Belfort, especialmente Jovita e Vitor, tem se mantido firme na busca por respostas, mas a falta de progressos tem sido um fardo emocional imenso para todos.
Vitor Belfort, irmão de Priscila e famoso lutador de MMA, enfrentou a dor do desaparecimento da irmã enquanto se preparava para uma importante luta no UFC na época. Mesmo sob essa enorme pressão emocional, Vitor venceu a luta, dedicando a vitória à sua irmã desaparecida. Desde então, ele tem usado sua visibilidade pública para continuar clamando por justiça e respostas sobre o paradeiro de Priscila.
Apesar de todo o sofrimento, a família nunca desistiu. Eles continuam fazendo apelos ao público, à mídia e às autoridades na esperança de que alguém traga uma nova pista ou revele informações que possam finalmente encerrar esse capítulo de suas vidas. “Não quero passar mais 20 anos sem respostas”, reforçou Jovita em sua mais recente entrevista, um pedido que ecoa o desespero de quem busca por justiça.
A série documental “Volta, Priscila” lançou luz sobre o caso, renovando as esperanças de que o desaparecimento possa ser desvendado. Além disso, trouxe à tona discussões importantes sobre a eficácia das investigações de desaparecidos no Brasil e a necessidade de uma ação mais eficaz por parte das autoridades.
A frustração de Jovita com a falta de transparência e o sigilo no caso também reflete o sentimento de muitos familiares de desaparecidos no Brasil. Ela acredita que, se houvesse mais pressão midiática e empenho por parte das autoridades, as chances de se obter respostas aumentariam. “Já tem um ano que o caso foi reaberto, e nada mudou”, disse Jovita, apontando para a lentidão no andamento do processo.
O desaparecimento de Priscila Belfort continua sendo um dos mistérios mais dolorosos do país. Embora o caso tenha ganhado uma nova perspectiva com o documentário, a realidade é que a família ainda vive o pesadelo diário de não saber o que aconteceu com a jovem.
O público também se sensibilizou com a história, especialmente ao ver o sofrimento de Jovita e sua determinação incansável. Nas redes sociais, muitas pessoas expressaram apoio à família Belfort, destacando a importância de manter viva a busca por justiça e respostas.
Enquanto a série “Volta, Priscila” continua a gerar discussões, a família aguarda com ansiedade por qualquer informação que possa ser trazida à tona. A esperança é que, com a exposição renovada do caso, novas pistas possam surgir, ajudando a esclarecer o que aconteceu há 20 anos.
A luta de Jovita e Vitor Belfort para encontrar Priscila é um lembrete poderoso da dor que tantas famílias enfrentam diariamente ao lidar com o desaparecimento de entes queridos. Para eles, a busca por justiça continua, e o apelo de Jovita, feito com o coração partido, reforça a urgência de respostas após tanto tempo de espera.