Um trágico incidente que resultou na morte de uma mulher dentro de uma unidade de saúde está gerando grande repercussão em Salvador, capital da Bahia. A pastora Adnailda Souza Santos, carinhosamente chamada de Dina, faleceu na noite da última terça-feira (11), após sofrer uma grave crise de asma enquanto aguardava atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
O momento angustiante foi registrado em vídeo por seu marido, Sidnei Monteiro, que capturou a cena da esposa clamando por ajuda e oxigênio. Nas imagens, é possível observar a pastora em visível estado de sofrimento, lutando para respirar e suplicando por socorro. Sidnei também tenta chamar a atenção dos profissionais de saúde presentes, incluindo um médico e uma assistente social, além de dois policiais militares que estavam no local.
De acordo com relatos da família, Dina desmaiou aproximadamente às 20h, cerca de três horas após sua chegada à UPA, e só recebeu atendimento médico nesse momento. A situação levanta sérias preocupações sobre a eficiência dos serviços de emergência e a agilidade no atendimento a casos críticos.
A Secretaria Municipal de Saúde de Salvador emitiu uma nota oficial, rebateu as acusações de negligência e informou que o intervalo entre a chegada da pastora e a confirmação de seu óbito foi de 1 hora e 8 minutos. Para corroborar sua versão, a secretaria divulgou imagens das câmeras de segurança da unidade, mas a declaração não foi suficiente para acalmar os ânimos de amigos e familiares.
A morte de Dina provocou uma onda de indignação, com muitos acreditando que a demora no atendimento pode ter contribuído para a tragédia. A situação reacende um debate crucial sobre a necessidade de melhorias nos serviços de saúde pública, especialmente em situações de urgência que envolvem problemas respiratórios, que exigem resposta rápida.
Dado o clamor social em torno do caso, uma investigação pode ser iniciada para averiguar se houve falhas no atendimento prestado à pastora e se as ações dos profissionais de saúde foram adequadas. Enquanto isso, a dor e a frustração dos familiares persistem, que buscam justiça e esclarecimentos sobre o que realmente aconteceu naquela noite fatídica. A história de Dina não é apenas uma tragédia individual, mas um chamado à ação para que o sistema de saúde seja aprimorado e vidas sejam salvas.