O mundo do jornalismo e da televisão brasileira perdeu um de seus grandes nomes. Ricardo Pereira, ex-diretor da Globo Portugal e jornalista de longa data, faleceu aos 72 anos, após uma batalha de quatro anos contra o câncer no pâncreas e no fígado.
A notícia de sua morte, ocorrida no último domingo (10/12), foi recebida com pesar, mas também com uma reflexão sobre sua contribuição significativa para a mídia.
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Nascido no Rio de Janeiro, Pereira teve uma carreira brilhante e diversificada, marcada por importantes coberturas jornalísticas e momentos históricos. Como repórter de política e correspondente internacional, ele esteve presente em eventos cruciais, como o terremoto no sul da Itália, a Guerra Irã-Iraque – onde realizou uma entrevista exclusiva com Saddam Hussein – e a Guerra das Malvinas.
Além disso, Pereira teve um papel destacado na cobertura de eventos de grande escala, como a transmissão ao vivo do casamento da princesa Diana com o príncipe Charles e a Copa do Mundo de 1982, na Espanha. Sua habilidade em capturar e transmitir esses momentos ao público foi inestimável.
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Em 2006, já residindo na Itália, Pereira assumiu um papel consultivo na Globo Internacional, ajudando na distribuição do canal pela Europa. Sua expertise o levou a ser nomeado, em 2011, diretor da Globo Portugal, após a inauguração da sede europeia da emissora em Lisboa.
Mesmo após sua aposentadoria em setembro deste ano, Pereira não deixou sua paixão pelo jornalismo. Ele estava preparando um documentário para o Globoplay, baseado em um diário de guerra que encontrou durante uma viagem às Ilhas Malvinas em 1983, um território historicamente disputado entre a Argentina e o Reino Unido.
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Ricardo Pereira deixa um legado de dedicação e excelência no jornalismo, sendo lembrado não apenas por suas contribuições profissionais, mas também pelo impacto que teve naqueles que trabalharam com ele e no público que acompanhou seu trabalho ao longo dos anos.