A Justiça espanhola abriu uma possibilidade controversa para Daniel Alves, ex-jogador da seleção brasileira, deixar a prisão: o pagamento de uma fiança milionária.
Condenado a 4 anos e meio por um caso de estupro ocorrido em Barcelona, em dezembro de 2022, Alves enfrenta agora a opção de aguardar o desenrolar de seu processo em liberdade, desde que cumpra condições rigorosas impostas pelo tribunal.
Além do pagamento de 1 milhão de euros, aproximadamente 5,4 milhões de reais, Alves deve entregar seus passaportes brasileiro e espanhol, comprometendo-se a não deixar o país e a comparecer semanalmente ao tribunal. Essas medidas visam mitigar os riscos de fuga e garantir a presença do ex-atleta nos procedimentos judiciais subsequentes.
A decisão veio após uma audiência por videoconferência, onde Alves assegurou ao magistrado sua intenção de não fugir e sua confiança no sistema judiciário espanhol. Sua defesa argumentou que, tendo cumprido um quarto da pena desde sua detenção em janeiro de 2023, ele deveria poder aguardar o resultado dos recursos em liberdade.
Este desenvolvimento marca um ponto de inflexão no caso de Alves, que já teve cinco pedidos de liberdade provisória negados anteriormente, devido a preocupações com a possibilidade de fuga ou interferência nas evidências.
Enquanto a defesa do jogador busca sua absolvição, o Ministério Público e os advogados da vítima continuam a pressionar por penas mais severas, refletindo a complexidade e a gravidade das acusações enfrentadas por Alves.
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