No início da noite de domingo (27), a rodovia PR-182, que atravessa o município de Ampére, no Paraná, foi palco de um acidente devastador que resultou na morte de um casal e deixou a população local em estado de choque. A colisão envolveu três veículos: um VW/Gol, uma caminhonete e um Corolla.
O acidente ocorreu nas proximidades de um trevo que liga Ampére à cidade de Santa Izabel do Oeste. As circunstâncias do ocorrido têm gerado grande repercussão, não apenas pela tragédia em si, mas também pela brutalidade do impacto que envolveu os veículos.
Informações preliminares indicam que o VW/Gol, onde estavam Paulino Gonçalves de Oliveira, de 58 anos, e sua esposa Janete Matias dos Santos, de 51, foi atingido pela caminhonete quando tentava atravessar o trevo. A violência da colisão foi tamanha que ambos os veículos foram arremessados além do canteiro central, colidindo em sequência com um Corolla que passava pelo local.
Infelizmente, Paulino e Janete não resistiram aos ferimentos e faleceram instantaneamente no local do acidente. Paulino era um funcionário da prefeitura de Ampére e Janete trabalhava em uma escola estadual, o que fortaleceu o luto na comunidade, que agora se vê privada de duas figuras conhecidas e queridas.
Os ocupantes da caminhonete, por outro lado, sofreram apenas ferimentos leves e foram rapidamente levados a uma unidade de saúde para avaliação médica. O Corolla, que foi atingido durante o acidente, era dirigido por Douglas Ferreira dos Santos, de 39 anos, que estava acompanhado de sua filha menor de idade. Ambos saíram ilesos da tragédia.
Uma reviravolta emocional ocorreu quando um dos socorristas da Brigada Comunitária, que chegou ao local para prestar assistência, reconheceu as vítimas como seu próprio irmão e cunhada. Essa descoberta trouxe uma carga emocional ainda mais pesada à cena do acidente, tornando a situação ainda mais dolorosa para os presentes.
Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), da Brigada Comunitária e da Polícia Rodoviária Estadual rapidamente foram mobilizadas para prestar socorro e realizar os primeiros atendimentos. A Polícia Científica também foi chamada para investigar as causas do acidente e coletar evidências no local.
Os corpos de Paulino e Janete foram levados ao Serviço Médico Legal de Francisco Beltrão, enquanto a cidade de Ampére se unia em luto e solidariedade, refletindo sobre a fragilidade da vida e os perigos que as estradas podem representar.
Durante o velório, uma situação angustiante ocorreu, quando familiares começaram a desconfiar que Janete poderia estar viva. O desespero e a esperança se misturaram em um momento de intensa emoção, enquanto as pessoas se agarravam à possibilidade de um milagre em meio à dor.
A comunidade se mobilizou para prestar homenagens ao casal, que deixou um legado de amor e dedicação em suas profissões. A tragédia não apenas afetou a família, mas também deixou uma marca indelével em todos que conheciam Paulino e Janete.
Enquanto as investigações sobre as causas do acidente prosseguem, a população local se vê em um processo de reflexão sobre a segurança nas estradas e a necessidade de atenção redobrada ao volante. O acidente serviu como um lembrete sombrio da importância de respeitar as normas de trânsito e conduzir com cautela, especialmente em trechos críticos.
A dor da perda é uma realidade que muitos na comunidade de Ampére já enfrentaram, e agora, com a partida de Paulino e Janete, a cidade se une em um luto coletivo, buscando consolo uns nos outros enquanto enfrentam esta dura realidade.
À medida que a cidade se recupera dessa tragédia, o desejo de que histórias como a de Paulino e Janete não se repitam ganha força, e a esperança de que a consciência sobre a segurança nas estradas prevaleça se torna uma prioridade para todos.