A vida das irmãs Simone e Simaria, conhecidas carinhosamente como “as coleguinhas” e celebradas por sua contribuição ao sertanejo, esconde uma história de luta e superação marcada por um episódio doloroso.
A trajetória até o estrelato foi pontuada por um evento trágico que permaneceu, por anos, envolto em mistério: a morte súbita de seu pai, Antônio, em 1994, aos 44 anos.
Nascidas em Uibaí, Bahia, e criadas em Juína, Mato Grosso, em uma região de garimpo, as irmãs enfrentaram desafios desde cedo. Seu pai, um garimpeiro, buscava uma vida melhor para a família em condições extremamente precárias. Simaria, em uma entrevista de 2016, relembrou a dura realidade:
“Nosso pai estava ali tentando achar uma pedra. Aquele sonho de nordestino de achar uma pedra e salvar a família”. Mas o destino foi cruel, e Antônio faleceu de um infarto fulminante, deixando a família em desolação.
A perda ocorreu em circunstâncias dramáticas, com Simaria encontrando o pai sem vida. A situação financeira da família era tão precária que Antônio foi enterrado como indigente. Anos mais tarde, já famosas, Simone e Simaria buscaram justiça para localizar o corpo do pai e proporcionar-lhe um enterro digno, um gesto de amor e respeito que Simaria havia prometido.
Este episódio não apenas revela a vulnerabilidade humana diante da morte, mas também destaca a força e determinação das irmãs, que, apesar das adversidades, alcançaram o sucesso e honraram a memória de seu pai. A história de Simone e Simaria é um lembrete da importância de valorizar cada momento e lutar pelos nossos sonhos, mesmo diante das maiores dificuldades.