A família de Marlúcia Machado, dona de casa de 52 anos, ainda está em choque após sua morte trágica, ocorrida na última quarta-feira (10). Marlúcia havia sido liberada do Hospital Regional Leste (HRL) com um diagnóstico de crise de ansiedade, minutos antes de sofrer um infarto fatal.
Marlúcia chegou ao hospital sentindo fortes dores no peito e suando frio, mas foi classificada com uma pulseira verde, indicando um caso de baixa prioridade. O hospital, que estava operando sob bandeira vermelha devido à superlotação, recusou-se a prestar atendimento imediato.
A família, sem alternativa, levou Marlúcia de volta para casa, mas ela passou mal novamente durante o trajeto. Desesperados, eles retornaram ao hospital, mas já era tarde demais para salvar sua vida.Kamilla Sousa, de 23 anos, filha de Marlúcia, expressou sua profunda tristeza e indignação com o atendimento recebido pela mãe.
Ela relatou que Marlúcia sempre cuidava da família e gostava de reunir todos para almoços em casa. “Tudo que ela podia fazer pela gente, ela fazia”, disse Kamilla, ainda abalada pela perda.A Secretaria de Saúde emitiu uma nota explicando que Marlúcia foi socorrida ao retornar ao hospital, mas não resistiu.
A nota justificou que, durante o primeiro atendimento, não havia alterações nos sinais vitais de Marlúcia, razão pela qual ela não foi considerada um caso urgente.Este triste episódio destaca a importância de uma avaliação médica criteriosa e a necessidade de recursos adequados nos hospitais para evitar que erros como este resultem em tragédias irreparáveis.
A morte de Marlúcia Machado levanta questões sobre a gestão hospitalar e a qualidade do atendimento emergencial, clamando por melhorias para que outras famílias não enfrentem a mesma dor.