URGENTE: Bolsonaro pede atendimento médico a Moraes, após ele in… Ver mais

A saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a ser um tema de preocupação nos bastidores do Judiciário. Recentemente, suas crises de soluço, que se tornaram frequentes nos últimos anos, levaram sua defesa a preparar uma petição ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo é permitir que o médico responsável pelo acompanhamento clínico de Bolsonaro possa visitá-lo sem a necessidade de autorização prévia. Essa solicitação é considerada urgente, especialmente em virtude do período de prisão domiciliar que o ex-presidente começou a cumprir.

Fontes próximas à equipe de defesa de Bolsonaro afirmam que o pedido não se limita à permissão para o médico Cláudio Birolini, que o acompanhou em sua última cirurgia abdominal, mas inclui também outros três profissionais de saúde que fazem parte de seu corpo clínico. A proposta argumenta que a monitorização da saúde de Bolsonaro é essencial, principalmente devido ao agravamento das crises de soluço que, segundo seus aliados, têm se tornado mais intensas e debilitantes desde que ele passou a cumprir a prisão domiciliar.

A defesa se apoia no princípio da dignidade da pessoa humana e no direito à saúde, garantido pela Constituição a todos os cidadãos, mesmo aqueles sob custódia judicial. Atualmente, apenas familiares diretos de Bolsonaro, como filhos e netos, têm permissão para visitá-lo sem a necessidade de autorização do STF. Todos os demais, incluindo médicos, precisam de um aval formal do relator do processo. A equipe jurídica busca mudar essa situação, ressaltando que um atendimento ágil pode ser crucial em situações de emergência.

As crises de soluço que afetam Bolsonaro não são um fenômeno recente. Desde o atentado sofrido em 2018 durante a campanha presidencial, o ex-presidente passou por várias cirurgias e enfrentou problemas recorrentes de saúde, como obstrução intestinal e refluxo gástrico, que contribuem para as crises. Em algumas situações, os soluços duraram dias, resultando em internações e compromissos cancelados. De acordo com aliados, o recente agravamento do quadro de saúde de Bolsonaro começou antes da decisão judicial que o colocou em prisão domiciliar, mas se intensificou devido ao estresse gerado pela nova situação.

Além das questões médicas, o pedido da defesa também reacende o debate sobre as condições impostas ao ex-presidente durante sua prisão domiciliar. Os advogados de Bolsonaro argumentam que as restrições dificultam não apenas a logística familiar, mas também os cuidados necessários para sua saúde física e mental. Eles defendem que, considerando o histórico clínico de Bolsonaro, a presença de seus médicos de confiança deveria ser mais flexível, em vez de depender de decisões burocráticas do Judiciário.

A expectativa da equipe de defesa é que Moraes analise o pedido com agilidade, levando em conta a gravidade da situação. No entanto, membros do STF expressam cautela em relação à demanda por exceções às regras da prisão domiciliar, embora reconheçam a necessidade de atenção contínua à saúde de Bolsonaro. A resposta do ministro ainda é incerta, mas seu histórico de decisões cuidadosas sugere que ele pode optar por manter uma abordagem cautelosa em relação ao caso.

Enquanto isso, os aliados de Bolsonaro intensificam a pressão sobre o STF, utilizando redes sociais e canais políticos para clamar por um “tratamento humanitário” ao ex-presidente. Essa narrativa ganha força entre setores da oposição ao governo atual, que criticam o Judiciário por medidas consideradas desproporcionais. Por outro lado, o discurso oficial do Supremo enfatiza a necessidade de equilibrar os direitos individuais do réu e o cumprimento da lei. O desfecho da nova demanda de Bolsonaro e o impacto de sua saúde nos desdobramentos jurídicos e políticos permanecem em aberto.